quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Conversa de café - 16

- O Cavaco agora quer que a UE apoie o desenvolvimento da economia!
- Já o PSD quer exportar os nossos jovens quadros. Deve ser para os outros não se atrasarem!

FIM

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Bancos apossam-se da Europa

" por Adriano Benayon [*]
A oligarquia financeira... está empurrando, goela abaixo da União Européia (UE), um "acordo" que estabelece regras rígidas para que a Europa seja governada (ou desgovernada), de forma absoluta, por bancos, liderados pelo Goldman Sachs, de Nova York.

2. Embora as modificações desse acordo aos Tratados da UE dependam de aprovação legal em cada país membro – processo que poderia durar anos – os manipuladores financeiros assumiram o poder à força e irão em frente, a menos que o impeça a resistência dos povos, ainda sem organização.

3. Com a experiência da pequena Islândia, em duas consultas ao povo, a última em abril de 2011, os predadores perceberam que qualquer outra, em qualquer país, implica a derrota de suas proposições. Bastou o ex-primeiro-ministro da Grécia falar em referendo para ser demitido.

4. Mesmo antes de 09/12/2011 – quando foi encenada "reunião de cúpula", e Sarkozy (França) e Angela Merkel (Alemanha) anunciaram o tal "acordo" – o Goldman Sachs (GS) já havia posto três de seus prepostos em posições-chave: Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu; Mario Monti, primeiro-ministro da Itália; Lucas Papademos, primeiro-ministro da Grécia, envolvido em operações do Goldman Sachs com a dívida grega resultantes em sua elevação.

5. Os países da Zona Euro (os 17 membros da UE cuja moeda é o euro) serão obrigados a aceitar o "acordo". Sarkozy e Merkel dizem que os dirigentes dos outros 15 países foram consultados, mera formalidade. Nove outros Estados participam da União Europeia, mas não adotam o euro: Reino Unido e Dinamarca (isentos), e mais sete que poderiam ainda aderir à Zona.

6. Aqueles portavozes apresentaram o pacote envolto neste rótulo: "salvar o euro"; "reforçar e harmonizar" a integração fiscal e orçamentária da Europa. Na realidade, trata-se de destruir a Europa econômica e politicamente, sem garantir a sobrevida do euro, além de aprofundar a depressão, com o arrasamento das políticas de bem-estar social, instituindo uma espécie de "lei de responsabilidade fiscal", como a que manieta o Brasil.

7. O "acordo" impõe duras sanções aos países que não o cumpram, ademais de ser fiscalizados pelo Tribunal Europeu de Justiça. Os Chefes de Estado e de governo passam a reunir-se mensalmente durante a crise. Com isso, reduz-se o poder dos burocratas da Comissão Europeia, mas essa mudança nada altera, dado que estes também executam fielmente os desejos da oligarquia anglo-americana.

8. Sarkozy é cópia piorada de Mussolini, pois este pôs os bancos sob o controle do Estado – e não o contrário, como se faz agora com a Europa, EUA etc. Submisso às diretivas da oligarquia financeira, o presidente da França declara que os benefícios sociais não são sustentáveis, na hora em que eles são mais necessários que nunca, dado o desemprego grassante.

9. O pacote quer obrigar, punindo os que não o cumpram, que os países da Zona Euro reduzam seus déficits orçamentários para 0,5% do PIB, ou seja, seis vezes menos que o limite de 3%, prescrito no Tratado de Maastricht.

10. Isso significa que Grécia, Itália, Espanha, Portugal e outros terão de cortar ainda mais despesas, depois de já as terem cortado, fazendo, assim, a depressão aprofundar-se. A depressão já causou queda nas receitas fiscais. Combinada a queda das receitas fiscais com o crescimento do serviço da dívida pública, decorrente da alta das taxas de juros, temos, juntos, dois fatores de elevação do déficit orçamentário.

11. Que fazer? Cortar toda despesa que não as da dívida, desmantelando as políticas sociais e deixando de investir na infra-estrutura econômica e na social. Isso trará, entre outros danos irreparáveis, o aumento da disparidade entre membros mais e menos desenvolvidos, inviabilizando a permanência destes na Zona Euro, o que implica sua desintegração.

12. A periferia europeia está, pois, ingressando no Terceiro Mundo, caminho aberto também ao restante da Europa, já que acaba de lhe ser prescrita a receita usual do FMI, a qual ajudou a manter o Brasil e outros no subdesenvolvimento.

13. A dupla franco-alemã infla seus egos brincando de diretório europeu, mas Merkel, obedecendo aos bancos alemães, rejeitou a possibilidade de o Banco Central Europeu (BCE) emitir títulos para substituir os dos países devedores. Os bancos querem continuar emprestando aos governos, para receber os juros.

14. Essa rejeição deve levar ao fim do euro, se este já não está perto do fim mesmo sem ela. Traz consequências danosas para a própria Alemanha e para a França, pois obriga os devedores mais problemáticos a continuar pagando taxas de juros demasiado elevadas nos seus títulos.

15. Isso promove crise ainda maior de suas dívidas, com o que credores – bancos alemães, franceses e norte-americanos – chegarão mais rápido ao colapso. Mostra-se, portanto, quimérica outra pretensão do "acordo": a de enquadrar os países no limite de 60% do PIB para suas dívidas.

16. Não é para a União Europeia que os países europeus estão perdendo a soberania. É em favor da oligarquia financeira que renunciam formalmente, através de atos irresponsáveis de seus chefes de governo.

17. A perda de soberania não se restringe às regras draconianas citadas, por si sós conducentes à ruína financeira e econômica. Inclui também que os países devedores liquidem – a preço de salvados do incêndio – inalienáveis patrimônios do Estado, como já foi determinado à Grécia e a outros. É a privatização, objeto das mais colossais corrupções vistas na história do Brasil.

18. Os analistas ligados ao sistema de poder atribuem a crise dos países europeus mais pobres a terem estes gastado acima de suas possibilidades, e mesmo economistas mais sérios oferecem explicações para a derrocada europeia que omitem sua causa principal.
19. Essa causa é a depressão econômica mundial, resultante do colapso financeiro armado pela finança oligárquica centrada em Nova York e Londres. Ele eclodiu em 2007, iniciando a depressão que se desenha como a mais profunda e longa da História, se não for interrompida pela terceira guerra mundial, planejada pelo complexo financeiro-militar dos EUA.

20. Martin Feldstein, professor de Harvard, aponta diferenças institucionais e nas políticas monetária e fiscal entre os EUA e a UE. Ele e muitos, como Delfim Neto, atribuem grande importância à taxa de câmbio. Argumentam que os europeus em crise não têm como desvalorizar a moeda para se tornarem mais competitivos, uma vez que adotaram o euro.

21. Robert Solow, prêmio Nobel, salienta que a UE transfere recursos de pequena monta aos membros menos avançados, pois o orçamento unificado da UE equivale a só 1% de seu PIB. Já nos EUA o governo federal fez vultosas transferências de recursos aos Estados e para regiões críticas.

22. Ainda assim, Itália, Espanha, Grécia, Portugal suportaram a situação até surgir a depressão mundial. Tendo exportações de menor conteúdo tecnológico que Alemanha, Holanda, França, e dependendo do turismo, foram duramente atingidos até pela queda da produção e do emprego nos países ditos ricos, inclusive extra-continentais, como EUA e Japão.

23. A depressão, por sua vez, adveio das bandalheiras financeiras geradas a partir de Wall Street e bases off-shore, sem regulamentação, atuantes no esquema da City de Londres, desembocando no colapso financeiro que eclodiu em 2007 e se direciona para novo estágio, mais destrutivo.

24. Os europeus envolveram-se na onda dos derivativos, quando bancos suíços e alemães adquiriram alguns bancos de investimento de Wall Street. Mesmo assim, os bancos dos EUA estão tão ou mais encalacrados que os europeus nos títulos podres resultantes da abusiva criação dos derivativos.

25. Ademais, Grécia, Espanha, Itália e outros foram enrolados pela engenharia financeira de Wall Street, Goldman Sachs à frente, que lesou investidores, camuflando os riscos, além de proporcionar créditos àqueles países, ao mesmo tempo em que fazia hedge, jogando contra seus devedores, com o resultado de elevar os juros das dívidas.

26. O assaltante está tendo por prêmio ficar com a casa do assaltado. Mas, antes da ocupação dos governos pelos bancos, agora ostensiva, as pretensas democracias ocidentais já não tinham autonomia, mesmo com parlamentos eleitos escolhendo o primeiro-ministro.

27. Como os principais partidos políticos são controlados pela oligarquia financeira – na Europa, nos EUA etc – e se diferenciam apenas por ideologias pró-forma, acomodáveis a qualquer prática, pode-se dizer que a escolha eleitoral se limita à marca do azeite com o qual os eleitores serão fritados.

28. O "acordo" agora imposto à Europa surge como culminação de uma guerra financeira que completa o trabalho realizado nas duas primeiras Guerras Mundiais. Estas destruíram a Alemanha e a França como grandes potências. O império anglo-americano só não conseguira retirar esse "status" da Rússia, mas o logrou, ao final da Guerra Fria (1989), conquanto a Rússia busque agora recuperá-lo.

29. Para que a Europa não afunde, terá de tomar rumo radicalmente diferente daquele em que foi colocada e no qual segue em aceleração impulsionada pelo "acordo" a ser celebrado, a pretexto de salvar a moeda única.

30. O General De Gaulle, nos anos 60, insurgiu-se contra o privilégio dos EUA, de cobrir seus enormes déficits externos, simplesmente emitindo dólares, e exigiu a conversão para o ouro das reservas da França. Profeticamente advertiu que a entrada da Inglaterra na UE seria uma operação "cavalo de Troia".

31. Hoje o dólar continua sendo sustentado pela condição de divisa internacional, instituída em 1944 (acordos de Bretton Woods), e mais ainda pelo poder militar. Os EUA forçam, por exemplo, que seja liquidado em dólares o petróleo comerciado entre terceiros países.

32. Percebe-se o móvel de desviar para a Europa o foco da crise econômica e financeira, que deveria estar nos EUA e do Reino Unido. Ele foi posto na Eurolândia, através de jogadas dos bancos de Wall Street com suas subsidiárias baseadas no grande paraíso fiscal que é a City de Londres.

33. Os mercados financeiros parecem teatro do absurdo. Se não, como explicar que os títulos de longo prazo norte-americanos paguem juros de menos de 2% a.a., enquanto os da Itália, de dois anos de prazo, subiram para 8% a.a.? E como explicar que a cotação do risco de crédito da Alemanha e da França esteja sendo rebaixada, enquanto isso não se dá com os títulos norte-americanos?

34. Deveria ser o contrário, pois: 1) as emissões de dólares em moeda e em títulos públicos são muito maiores que as de euros; 2) a dívida pública dos EUA atinge 120% do PIB (muito mais que os países da Zona Euro), e seria muitíssimo maior sem as enormes compras de títulos do Tesouro dos EUA pelo FED e as emissões desbragadas do FED; 3) o déficit orçamentário dos EUA supera 10% do PIB, enquanto a média europeia é 4%. 4) o déficit nas transações com o exterior dos EUA, em 2010, correspondeu a 3,9% do PIB, enquanto a Alemanha teve superávit de 5,7% do PIB, e os déficits da França e da Itália foram 2% e 3% do PIB.

35. Não bastasse, os grandes bancos americanos têm vultosas carteiras de títulos podres (sobretudo derivativos), mesmo depois de grande parte deles ter sido comprada pelo FED e por agências do governo dos EUA, em operações caracterizadas por grau incrível de corrupção.

36. Como aponta o Prof. Michael Hudson, um quarto dos imóveis nos EUA vale menos que suas hipotecas. Cidades e Estados estão em insolvência, grandes companhias falindo, fundos de pensão com pagamentos atrasados.

37. A economia britânica também cambaleia, mas os títulos governamentais pagam juros de só 2% a.a., enquanto os membros da Zona Euro enfrentam juros acima de 7% a.a, porque não têm a opção "pública" de criar dinheiro.

38. O artigo 123 do Tratado de Lisboa proíbe o BCE fazer o que os bancos centrais devem fazer: criar dinheiro para financiar déficits do orçamento público e rolar as dívidas do governo. Tampouco o pode o banco central alemão, por força da Constituição da Alemanha (país ocupado).

39. Conclui Hudson: "se o euro quebrar será porque os governos da UE pagam juros aos banqueiros, em vez de se financiarem através de seus próprios bancos centrais". Dois poderes caracterizam o Estado-Nação: criar dinheiro e governar a política fiscal. O primeiro já não existia para os europeus, e o segundo está sendo cassado com o presente "acordo". "

13/Dezembro/2011

[*] Doutorado em Economia, autor de "Globalização versus Desenvolvimento", abenayon.df@gmail.com

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

O fantasma de Paris

José Sócrates começou a governar em 2004, recebendo um país com um défice de 6,2%, após dois governos PSD/CDS, numa altura em que não havia crise alguma nem problema algum na economia e nos mercados. Para mascarar um défice inexplicável, os ministros da Finanças desses governos, Manuela Ferreira Leite e Bagão Félix, foram pioneiros na descoberta de truques de engenharia orçamental para encobrir a verdadeira dimensão das coisas: despesas para o ano seguinte e receitas antecipadas, e nacionalização de fundos de pensões particulares, como agora.

Em 2008, quando terminou o seu primeiro mandato e se reapresentou a eleições, o governo de José Sócrates tinha baixado o défice para 2,8%, sendo o primeiro em muitos anos a cumprir as regras da moeda única. O consenso em roda da política orçamental prosseguida e do desempenho do ministro Teixeira dos Santos era tal que as únicas propostas e discordâncias, de direita e de esquerda, consistiam sistematicamente em propor mais despesa pública. E quando se chegou às eleições, o défice nem foi tema de campanha, substituído pelo da “ameaça às liberdades” (…)

Logo depois, rebentou a crise do subprime nos Estados Unidos e Sócrates e todos os primeiro-ministros da Europa receberam de Bruxelas ordens exactamente opostas às que dá agora a srª Merkel: era preciso e urgente acorrer à banca, retomar em força o investimento público e pôr fim à contenção de despesa, sob pena de se arrastar toda a União para uma recessão pior do que a de 1929. E assim ele fez, como fizeram todos os outros, até que, menos dum ano decorrido, os mercados e as agências se lembraram de questionar subitamente a capacidade de endividamento dos países: assim nasceu a crise das dívidas soberanas. Porém não me lembro de alguém ter questionado, nesse ano de 2009, a política despesista que Sócrates adoptou a conselho de Bruxelas. Pelo contrário, quando Teixeira dos Santos (…) começou a avançar com PEC, todo o país – partidário, autárquico, empresarial, corporativo e civil – se levantou, indignado, a protestar contra os “sacrifícios” e a suave subida de impostos. Passos Coelho quase chorou, a pedir desculpa aos portugueses por viabilizar o PEC 3 que subia as taxas máximas de IRS de 45 para 46,5% (que saudades!)

(…) O erro de Sócrates foi exactamente o de não ter tido a coragem de governar contra o facilitismo geral e a antiquíssima maldição de permitir que tudo em Portugal gire à volta do Estado(…). Quando ele, na senda dos seus antecessores desde Cavaco Silva (que foi o pai do sistema) se lançou na política de grandes empreitadas e obras públicas (…) o que me lembro de ter visto, então, foi toda a gente (…) explicar veementemente que não se podia parar com o “investimento público”, e vi todas as corporações do país (…) baterem-se com unhas e dentes e apoiados pelos partidos de direita e de esquerda contra qualquer tentativa de reforma que pusesse em causa os seus privilégios sustentados pelos dinheiros públicos. O erro de Sócrates foi ter desistido e cedido a essa unanimidade de interesses instalados, que confunde o crescimento económico com a habitual tratação entre o Estado e os seus protegidos. Mas ainda me lembro de um Governo presidido por Santana Lopes apresentar um projecto de TGV que propunha não uma linha Lisboa-Madrid, mas cinco linhas, incluindo a fantástica ligação Faro-Huelva em alta velocidade. E o país, embasbacado, a aplaudir!

Diferente disso é a crença actual de que a dívida virtuosa – a que é aplicada no crescimento sustentado da economia e assegura retorno – não é essencial e que a única coisa que agora interessa é poupar dinheiro seja como for, sufocando o país de impostos e abdicando de qualquer investimento público que garanta algum futuro. Doentia é esta crença de que governar bem é empobrecer o país. Doente é um governante que aconselha os jovens a largarem a “zona de conforto do desemprego” e emigrarem. Doente é um governo que, confrontado com mais de 700.000 desempregados e 16.000 novos cada mês, acha que o que importa é reduzir o montante, a duração e a cobertura do subsídio de desemprego. Doente é um governo que, tendo desistido do projecto de transformar Portugal num país pioneiro dos automóveis eléctricos, vê a Nissan abandonar, consequentemente, o projecto de fábrica de baterias de Aveiro, e encolhe os ombros, dizendo que era mais um dos “projectos no papel do engº Sócrates”. Doente é um governo que acredita poder salvar as finanças públicas matando a economia.

O fantasma do engº Sócrates pode servir para o prof. Freitas do Amaral mostrar mais uma vez de que massa é feito, pode servir para uns pobres secretários de Estado se armarem em estadistas ou para os jornais populistas instigarem a execução sumária do homem. Pode servir para reescrever a história de acordo com a urgência actual, pode servir para apagar o cadastro e as memórias inconvenientes e serve, certamente, para desresponsabilizar todos e cada um: somos uns coitadinhos, que subitamente nos achámos devedores de 160.000 milhões de euros que ninguém, excepto o engº Sócrates, sabe em que foram gastos. Ninguém sabe?”



Miguel Sousa Tavares

«Expresso», 17 de Dezembro de 2011

terça-feira, 8 de novembro de 2011

A Nova ERA - Avante,

http://www.avante.pt/pt/1978/argumentos/116792/
Por Jorge Messias, 27/10/11
A máquina da morte e a utopia
«Enquanto o proletariado tiver necessidade do Estado, não será no interesse da liberdade mas sim para reprimir os seus adversários! E no dia em que for possível falar-se livremente de liberdade, o Estado deixará de existir...» (F. Engels, «Carta a Bebel»).

«A liberdade política é uma ideia e não uma realidade. Ideia que, no entanto, é preciso saber aplicar quando for necessário atrair as massas populares a um lado da questão. Eis onde surgirá o triunfo da nossa teoria. A questão será de fácil solução caso o adversário tenha recebido o poder de uma ideia de liberdade a que se chama liberalismo. As rédeas do poder serão tomadas facilmente porque a força cega de um povo não pode ficar um só dia que seja sem guia. Assim, a nova força nada mais tem a fazer do que assumir um comando enfraquecido pelo liberalismo» (Protocolos dos Sábios de Sião, 1.º Mandamento).

«Há uma necessidade urgente de uma autoridade verdadeira no mundo, para ordenar a economia mundial, reavivar economias atingidas pela crise e evitar qualquer deterioração e os desequilíbrios maiores que dela resultariam. Obviamente, essa autoridade teria de dispor do poder de garantir o cumprimento das suas decisões ...» (Bento XVI, «A Caridade com Verdade»).



A rede conspirativa que se vai instalando na terra tem claramente origem em formações capitalistas proclamadamente religiosas. Basta olhar-se para o esquema organizativo que vai chegando ao conhecimento público para nele se reconhecer a mãozinha sinuosa dos jesuítas e dos illuminati maçónicos. O que está em jogo tem sempre dois pés para andar: um deles, vai sendo gradualmente desvirtuado, o da utopia do Estado; o outro, avança e calça a botifarra nazi.

A história dos Protocolos poderia, em princípio, parecer um conto de fadas. Mas os quadros dos anúncios que aí se promovem são bem reais. A democracia e as liberdades foram um sonho mal escrito e mal entendido pelos homens. As maiorias enganaram-se nas encruzilhadas dos caminhos. E a própria Igreja surgiu com uma inesperada novidade: agora, as hierarquias querem destruir as estruturas da sua própria Igreja para depois realizarem o sonho mefistofélico de uma cristandade apocalíptica que represente o universo de interesses dum Estado capitalista mundial. Tudo poderia ser pura imaginação não fosse o caso do enunciado teórico dos Protocolos ser acompanhado por uma listagem de objectivos a curto e médio prazos: um governo mundial oculto que promova uma Nova Ordem mundial; um único sistema económico, financeiro e monetário, de obediência universal; o fim das crises económicas através da ocupação, por um só exército, de todas as fontes mundiais de matérias-primas e energia, mesmo que para isto seja de prever o desencadear de uma III Guerra Mundial; e o estabelecimento de uma Religião Única cuja chefia seja desempenhado pela Igreja Católica.

Todos os antecedentes desta Nova Era estão lançados ou funcionam já. Há políticas altamente complexas, como as que intervêm na crise financeira internacional, no terrorismo, nas área do gás e do petróleo, etc., que necessariamente estão a ser já coordenadas por um único governo oculto. As grandes disputas financeiras que convergem nos benefícios das grandes fortunas e nas mega fusões, nas troikas ou nas guerrilhas entre os mercados denunciam a existência actual de gigantescas centrais capitalistas articuladas entre si. Em tudo, desde as relações entre as pessoas até ao convívio entre os estados, os ricos serão mais ricos e os pobres conhecerão a miséria. Embora as lutas de classes subam de tom.

Dá-se como certo que na base deste tenebroso programa final figuram os sionistas, o Vaticano e a Maçonaria. Nada custa a crer que assim seja: o plano actual da Nova Era tem as marcas do «Apocalipse», das ambições planetárias ilimitadas dos grandes estados ocidentais, das alfurjas das caves do Vaticano e da Maçonaria e das tenebrosas ordens secretas, laicas ou religiosas.

Uma nota informativa complementar: os Protocolos não são proféticos. Não foram redigidos de uma só vez, para sempre. São fichas que incluem tópicos de matérias já conhecidas no seu tempo. Depois, vão sendo actualizadas à medida do tempo que passa. E os seus mentores e condutores do processo são os illuminati que repartem ligações entre a Santa Sé, a Maçonaria, o Pentágono e a Wall Street.

Voltaremos a este tema. Quem lê os jornais portugueses cada vez mais se enreda na confusão.

Dia de Greve dos transportes e o PS o que faz?

A luta contra a ignorâcia e a permanente desinformação não se faz com acordos secretos com a Direita. Nunca isso foi possível! O esclarecimento da população - e nem sequer ainda o PS convenceu os militantes e simpatizantes - faz-se com risco, com coragem política e não com declarações de fé ou de conformismo. Isso é deixar o campo livre para os inimigos : A extrema-esquerda empurra o PS para os braços da Direita e a Direita acusa o PS de ser o causador de todos os males. E o que faz o PS? Exige contas?, demonstra que a crise é universal?, exige medidas para proteger os mais pobres? Defende o Estado Social? Marca a linha inultrapassável aos dsmandos nas Privatizações? Denuncia os jogos de interesses do BES e do seu funcionário Miguel Frasquilho, nomeado pelo PSD para a Comissão das Privatizações e dos contactos com a Troika? Mostra aos professores por A+B como foram injustos e estavam/foram enganados? Reafirma a necessidade de um, esse sim, violento plano de relançamento de Obras Públicas? Tem alguma opinião própria sobre a chamada recuperação urbana e as negociatas associadas? Já explicou aos portugueses que os Transportes Públicos têm que funcionar em rede optimizada, sem redundãncias, mas que os TP não foram feitos para darem lucro, logo, não podem ser privatizados!!!??? E a resposta a estas questões é a mesma: O "novo-PS-em-construção" não tem qq pensamento próprio ou prospectivo, quanto mais político! Este PS não passa de um daqueles partidos do tecido político corrupto de Países como o México ou dos Trabalhistas ingleses...Na próxima sondagem o PS não deve ficar bem no retrato...8/11/11

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Abandonem o conforto e emigrem!

http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/jovens-desemprego-desempregados-emigrar-agencia-financeira/1294064-1730.html?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+iol%2Fagenciafinanceira+%28Ag%C3%AAncia+Financeira%29

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Orçamento da AR para 2011

http://pt.scribd.com/doc/40396998/RAR-115-2010-29-out-orc-ar2011

"Orçamento da Assembleia da República para 2011 A Assembleia da República resolve, nos termos do dis- posto no n.º 5 do artigo 166.º da Constituição, aprovar o seu orçamento para o ano 2011, anexo à presente resolução. Aprovada em 22 de Outubro de 2010. O Presidente da Assembleia da República,Jaime Gama "

domingo, 30 de outubro de 2011

António Serrano, deputado do PS!

  • 15/6
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  •  
  • há 40 minutos
    Antonio Serrano
    • Meu caro amigo, nao dou respostas no meu moral. Pinto número 1, nao há nem pode haver 13 e 14 mês para os Deputados. o que se passou foi que o orçamento da Assembleia foi entregue antes da decisão do Governo. Portanto, será verbas que não chegarão a entrar na AR. Isto já foi explicado dezenas de vezes, mas ninguém parece estr interessado em ouvir. Abraço
  • há 38 minutos
    Antonio Serrano
    • Ponto número 2 - para alguns Deputados é um esforço muito grande estar na AR, pois o vencimento é inaferior ao da sua profissão e ainda estão deslocados da família. É. Meu caso amigo!
  • há alguns segundos
    Manuel Ferrer
    • Caro António Serrano, escrevo-lhe apenas por o considerar E agradeço a sua resposta: 1 - Ainda bem que entendeu a minha questão, e que para si está tudo resolvido e que só pessoas - como este seu correspondente! - que apenas entendem depos de esgotadas as dezenas de explicações, já aguardam as centenas, para ver se entendem o que os seres superiores lhes estão carecas de explicar: Obrigado! Muito obrigado! E eu a julgar que estava a tratar com um político, que afinal é muito mais do que isso: trata-se de um explicador insuficientemente compreendido! E a a sua impaciência está justificada. Vou aqui deixar um compromisso consigo: Eu nunca mais o incomodo com dúvidas e o Sr. Deputado nunca mais me trata com o devido desprezo! Ficamos combinados? A menos que num infausto dia. eu o encontre, e lhe diga mesmo o que penso da sua impaciência e onde a deve guardar!
      Ponto 2, e não menos importante: Como a minha pensão de reforma é inferior a 755.00 Euros depois de ter trabalhado desde os 20 anos e de me ter reformado aos 67,... 47 anos depois!, vou ver o que lhe posso mandar no final do mês para arredondar as suas carências!
      Quanto á sua família, tenho a certeza que o subsídio de deslocamento, as imensas vias de acesso agora disponíveis, e as muitas saudades de casa não o impedirão do cumprimento das suas afectividades familiares. Assim deus o permita!
      Na próxima revisão constucional, que em breve vos aguarda, só receio que nem todos os mais dedicados fiquem empregados! Que chatice! E agradeço muito que tome mais cuidado com as respostas que dá a quem se lhe dirige com educação! A impaciência é própria dos que nada têm a dizer!

PS x Correspondência com Antº. Serrano - 1

http://www.facebook.com/#!/profile.php?id=100002181221209

Peço imensa desculpa, mas dada a minha idade, estas preocupações acabam por afectar a minha saúde. Saberá por acaso o Sr, Deputado se já foi aprovado o Orçamento da Assembleia da Repúbkica e se, a anteriormente referida dissonância, entre os cortes dos salários aos Funcionários Públicos e os estipêncios percebidos pelos nossos representantes, os Deputados? Ou manterão V. Exas esses tais 13º e 14º salários, intocados ? Terá o PS dado início a alguma iniciativa no sentido de corrigir a mesma dissonância? Na minha qualidade d ecidadão e de votante no PS, seria uma honra ter a oportunidade de ler uma sua resposta a esta preocupação. Aceite os protestos da minha consideração. Manuel Ferrer/ 29 /10/2011

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Os Incríveis - 1

Vitor Manuel Ilharco, In FB :
PARA QUEM NÃO GOSTA DO SÓCRATES... MAIS UM FRASQUINHO DE VENENO:

A licenciatura domingueira do ex-primeiro-ministro José Sócrates continua a dar que falar. Mas desta vez dá que falar em francês. Rima e é verdade: a entrada de Sócrates no Instituto de Estudos Políticos de Paris, mais conhecido como Sciences Po da Sorbonne, foi por duas vezes recusada. Isto porque o currículo académico em Engenharia não terá sido considerado à altura da instituição francesa, que tem todos os anos 35 mil candidatos para 3500 lugares. À terceira lá foi aceite nos estudos de Filosofia, mas para isso teve de entrar em acção o diplomata Francisco Seixas da Costa, embaixador de Portugal na capital francesa, que mexeu e remexeu os cordelinhos necessários para permitir a entrada do ex-chefe de governo na universidade. Seixas da Costa esteve também na cerimónia de atribuição do doutoramento honoris causa ao ex-presidente brasileiro Lula da Silva, de que o Correio indiscreto deu conta aqui na edição da semana passada. Nesse dia ficou provado, a quem ainda tivesse dúvidas, que José Sócrates aceitou o convite que lhe foi endereçado por Lula e pela sua sucessora Dilma para ser uma espécie de representante especial dos interesses do Brasil na Europa. Sem terem de passar por Portugal, uma das portas de entrada dos brasileiros no Velho Continente, grandes empresas do país-irmão, como a gigante petrolífera Petrobras ou a cimenteira Camargo Correia, vão dispor de Sócrates como cartão--de-visita na UE. Os serviços prestados não se ficam por aqui: o famoso ex-assessor de imprensa Luís Bernardo vai ser a lança de José Sócrates - e do Brasil de Dilma Rousseff - na África lusófona, de Angola a Moçambique.

Para quem ainda acha que a corrupção de Sócrates era "caseira" fica aqui a prova de que não reconhece fronteiras.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

FB -5

" É preciso um vigoroso plano de Obras Públicas que geridas com patriotismo conduzam à fixação de mais investimento produtivo em Portugal! Que reduzam a nossa dependência do petróleo e de outas importações que possam ser aqui produzidas a preços sustentáveis! É indispensável continuar a investir na Educação e na Investigação e desenvolver patentes portuguesas! Afinal, é preciso aplicar com urgência o plano de Governo do governo PS de José Sócrates! Atrair investimento e produzir bens transacionáveis! Criar as melhores condições para o Turismo! Tudo o resto é a fazer de conta e a distribuir o pouco que resta pelas famílias dos que não precisam!"

http://www.facebook.com/permalink.php?story_fbid=295900953772078&id=100000565270566&ref=notif¬if_t=like#!/profile.php?id=100000565270566

FB -4

"É por demais claro que esse ministro ou não sabe a quantidade de incorporação de valor importado em cada produto "nacional" ,ou não leu as estatísticas do consumo dos portugueses que se endividaram sobretudo para adquirir um dos produtos c...om mais incorporação de mat primas nacionais: As suas habitações! Os portugueses não gastaram mais dez euros por mês nesses produtos; Gastaram mais de cem euros per capita por mês e o resultado está a à vista: Os bancos endividaram-se para acorrer à procura de financiamento para esse consumo descontrolado, algum com spead zero. Ainda se lembra? Foi há menos de 2 anos..."

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"Peço muita desculpa apenas para perguntar se conhecem a composição dos custos desses tais "produtos" ditos nacionais? Mesmo os da Agricultura? Para não falar nos custos indirectos como o KW/h, o custo da caloria produzida nas várias regiões... do País? E incorporada em todos esses produtos? QUanto importamos em plástico para embalagens de produtos nacionais? Quanto pagamos pelos combustíveis e pelo mat circulante em que são transportadas as mat. primas e os acabados? E finalmente quem pagaria a inflação galopante se apenas comprássemos português sem atender ao diferencial de preço médio internacional para uma mercadoria equivalente? E não falo de lojas d echinese que não têm qq expressão. Refiro a diferença d ecusto para o País caso se produzisse , os cereais necessários à alimentação humana e animal? Seria a falência de toda uma fileira produtiva, do leite, ao arroz, às rações. aos fertilizantes...E de onde viriam os técnicos e os investimentos para tal coisa? Até para produzir um frango cerca de 60% do valor é importado...até as vacinas,para não falar na linhagem genética...Cumprimentos!"
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"Luis Mestre, Isso que diz é apenas falso. Não foram os políticos que gastaram ou que endividaram o País Foram as Empresas e as famílias A dívida do sector Estado está constante há mais de 8 anos em 44% do PIB! Informe-se pf. Quem gastou for...am oas familias e as empresas privadas e semi públicas que se endividaram alegremente junto de uma banca cada vez mais endividada nio exterior, mas sobre a qual - deve recordar-se - o Estado não administra! Estamos num regime capitalista de iniciativa privada! Quanto à tão repetida mentira que os governos, em especial o PS endividou as gerações futuras, nada mais falso! Ainda esta semana Paulo Campos explicou e ficou tudo calado na AR, quando apresentou os números das PPP. E além disso faço-lhe uma pergunta; Quem é que terá pago o investimento na CP e nas estradas onde circulam os portugueses actualmente? Quem pagou todos os hospitais e as barragens e as linhas da REN? Terá sido esta geração que as usa ou receberam-nas todas feitas e pagas? Quem é que construiu e pagou a ponte 25 de Abril? Agora paga-se a sua utilização! O mesmo se passará com autoestradas e com hospitais e barragens em construção e para servir gerações de portugueses! É claro que repetir mentiras dizem, torna-as muito próximas de serem verdades..."
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"E quem é que andou a emprestar o que não tinha a quem dificilmente poderia pagar, esperando que alguém os venha um dia tirar do buraco em que se meteram, a eles e a nós todos! E a chantagem sobre todos os governos europeus que o Sarkozy segue para Pequim, de mão estendida a pedir que a China resolva o que os europeus já comprovaram não ser capazes...Alguém ainda se lembra da pesporrência desta Direita quando Sócrates e o seu Governo tentaram encontrar investimentos estrangeiros em Portugal? Até chacota fizeram por tratar com regimes pouco democráticos---Eles lá têm a escala padrão! Pois eu lembro-me!
Bancos nacionais precisam de 7,8 mil milhões > Economia > TVI24", 26/10/11

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